quinta-feira, maio 05, 2005

O desalento....

....nada resultou. A pele continuava seca, a comichão era mais do que muita. Comecei a trabalhar, o que não ajudou nada. A B.chorava bastante nos primeiros tempos de adaptação pois não estava habituada a estar longe de mim. Isto não ajudava nada a controlar a dermatite. E com tudo isto, deixou de dormir à noite. Acordava de hora a hora, só se calava comigo. Coçava-se imenso.
Um dia conheci virtualmente uma mamã maravilhosa, a C.. Também ela mãe de um menino, agora com 5 anos, com dermatite atópica. E fez-me muito bem desabafar com ela. Meiga nas palavras, mas firme nas observações, sempre com uma palavra de alento, sempre com uma boa sugestão, sempre com algo a dizer. deu-me novas dicas e o contacto de uma boa clinica de dermatologia no Porto. Marquei uma consulta com urgência.
Entretanto, a nova dica da C.: para o banho Dermo-oil baby da Aveeno (hidrata bem mais que o baby fluid). Esqueci-me de dizer no outro post: a água do banho deve ser sempre morna, nunca quente.
Mesmo com este cuidado, sempre que a B. tomava banho ficava toda irritada, vermelha, com muita comichão. Eu chorava no fim do banho ao ver o desespero dela, gritava quando lhe colocava o hidratante, era horrível.

Etiquetas: ,

1 Comentários:

Blogger T. disse...

Não sei se ajuda alguma coisa, mas cá vai a minha história: tenho 28 anos e tenho dermatite atópica (pelo menos foi o diagnóstico que um clínico geral e um dermatologista me fizeram. Hei-de ir a um segundo dermatologista, contudo). Apareceu-me no final da adolescência (17 anos), por vezes desaparece mas depois volta. No rosto, no pescoço, no peito e no cimo das costas.

Não consegui descobrir ainda o que a causa, mas já sei muitas coisas a evitar. E já não tenho as crises horríveis, insuportáveis, do princípio. Como contas, evitar a água quente no banho (só morna), hidratar frequentemente (eu raramente tenho paciência, e depois arrependo-me), junto às zonas sensíveis usar apenas fibras macias e não alergizantes (algodão, e no meu caso mais algumas fibras naturais e sintéticas. Experimento caso a caso. O fundamental é serem macias, porque até já tive camisolas interiores de algodão que me faziam "alergia"). Quanto aos lençóis, mesmo antes da dermatite se declarar eu não tolerava os que não fossem 100% algodão... E nada de flanela comigo.

Outros conselhos que comigo funcionam (desculpa se repito algo que já disseste, mas não li o teu site todo):

* quando tenho uma crise, uso um gel calmante (apenas ligeiramente hidratante, não substitui o hidratante habitual, mas é fresco e reduz muitíssimo, ou até elimina, a comichão. Além disso, as manchas ficam menos visíveis). Chama-se INTRALDERM, da Darphin. Vantagens: não tem efeitos secundários. É um produto de cosmética para qualquer pele sensível e reactiva (não apenas as atópicas) e pode-se usar várias vezes ao dia, todos os dias, ao contrário dos corticóides e corticosteróides, sem toxicidade.
Inconvenientes: é um produto de cosmética, logo não é comparticipado. Cada bisnaga custa mais de 20 euros (75 ml). Ainda não arranjei nenhum dermatologista que me passe receita dele, para ao menos o poder deduzir no IRS (sugerem-me alternativas com corticóides, mas se eu tenho uma coisa que me tira a comichão e não é tóxica, ora bolas! Há alturas piores em que tenho crises continuadas ao longo de um mês e mais, e que não respondiam ao tratamento.) Tenho sempre duas bisnagas, uma em casa, e outra na carteira.

Outra coisa: evito o sabonete nas regiões afectadas. Quando fui exposta a fumos ou pós e a água morna não chega, uso chá de cidreira, morno, e lavo as zonas afectadas com algodão macio embebido no chá. Evito os detergentes em pó. Evito a exposição solar não protegida (toda a minha pele, apesar de morena, avermelha facilmente ao sol).

Espero que tudo corra bem para o teu pequeno. Ao que sei, há bebés que deixam de ter dermatite atópica a partir de uma certa idade. Mas mesmo que isso não aconteça, com o tempo aprende-se a controlar e a viver bem com ela.

Um beijinho.

P.S.: Se souberes de um bom dermatologista em Lisboa, diz-me.

10/5/05  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial